Parceria 10

EGRANA

Lula “Se nomear ele hoje, o que acontece?”, perguntou presidente do PT após pedido de prisão


POR FÁBIO FABRINI, JULIA AFFONSO, RICARDO BRANDT E FAUSTO MACEDO
16/03/2016, 20h28
   
Aliados deixam clara a intenção de livrar Lula da cadeia com nomeação para ministério. Jaques Wagner recomenda cercar prédio do ex-presidente e "sair na porrada"
Lula prestou depoimento na sexta-feira, 4. Foto: Marcio Fernandes/Estadao
Lula prestou depoimento na sexta-feira, 4. Foto: Marcio Fernandes/Estadao
Diálogos interceptados pela Polícia Federal na Operação Lava Jato deixam claro que aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretendiam que ele fosse nomeado ministro para se livrar de uma possível e iminente ordem de prisão. A estratégia para blindar o líder petista – que foi anunciado chefe da Casa Civil nesta quarta-feira, 16 – vem sendo categoricamente negada pelo governo e alguns dos principais líderes do partido.
Logo após o Ministério Público de São Paulo pedir a prisão preventiva de Lula, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, telefonou para o então ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, para discutir a situação.
“O louco do Conserino (Cássio Conserino, promotor em São Paulo) pediu a preventiva do Lula”, relatou, pedindo que o ministro enviasse aliados a São Paulo.
Mais adiante, Falcão questionou: “Se nomear ele hoje, o que acontece?” Wagner respondeu não saber naquele momento a consequência. “Consulta isso também”, emendou o presidente do PT, explicando que, embora Lula ainda não estivesse decidido sobre a ocupar um cargo no primeiro escalão do governo, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, o movimento sindical e vários correligionários o pressionavam a fazê-lo.
Demonstrando nervosismo com a situação, Wagner afirmou: “Acho que tem de ficar cercado em torno do prédio dele e sair na porrada”. O presidente do PT, em seguida, pediu que a presidente Dilma Rousseff fosse avisada: “Alerta a presidente, toma a decisão de Estado Maior aí, e mantém a gente informado”.
Fonte: http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/se-nomear-ele-hoje-o-que-acontece-perguntou-presidente-do-pt-apos-pedido-de-prisao/
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Os trechos polêmicos do grampo do telefone de Lula

Alvo de investigação na Lava Jato, o ex-presidente Lula teve telefones utilizados por ele grampeados por determinação do juiz Sérgio Moro. Ao ser nomeado ministro, contudo, a investigação sobre ele foi encaminhada ao Supremo Tribunal Federal, e, com isso, Moro suspendeu o sigilo sobre as investigações tornando públicos vários diálogos do ex-presidente com correligionários, aliados e até com a presidente Dilma Rousseff. 
Nos áudios pode-se ouvir as duras críticas do petista às investigações da Lava Jato, ao Congresso e até a ministros do próprio Supremo Tribunal Federal e à Procuradoria-Geral da República, o que agravou ainda mais a crise política e causou um mal-estar entre os poderes sem precedentes na história recente do País. Confira os principais trechos das conversas de Lula interceptadas pela Polícia Federal:
Fonte: http://www.msn.com/pt-br/noticias/crise-politica/os-trechos-pol%C3%AAmicos-do-grampo-do-telefone-de-lula/ar-BBqA18H?li=AAggXC1&ocid=mailsignoutmd
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Criada a 16a Região Administrativa em Itapeva

O governador Geraldo Alckmin oficializou nesta sexta-feira (7) a criação da 16ª Região Administrativa do Estado de São Paulo, durante solenidade que reuniu prefeitos e lideranças políticas de 32 municípios do sudoeste paulista, realizada no Centro de Eventos “Zico Campolim”, em Itapeva.
Segundo o governador, a nova região administrativa, com sede em Itapeva, irá fortalecer o desenvolvimento da região sudoeste do Estado, além de descentralizar a administração pública estadual. “A medida vai aproximar o governo da população e fortalecer o desenvolvimento regional”, disse Alckmin.
A região é a maior produtora de minérios e está entre as que mais produzem grãos no Estado, além de concentrar os principais reflorestamentos. Por outro lado, a maioria dos municípios tem baixos indicadores sociais.
As regiões administrativas têm por finalidade promover a descentralização da administração pública estadual, bem como institucionalizar a comunicação com as regiões tornando mais ágil a prestação de serviços públicos à população, segundo o governo estadual.
Entre as competências das RAs estão melhoria do serviço público, articulação da ação dos órgãos da administração pública estadual, elaboração dos projetos, planos e programas para o desenvolvimento, sugestão aos órgãos para a adoção de programas adequados à região e fortalecimento da integração inter-regional no Estado com assistência técnica aos municípios.
Fazem parte da 16ª Região, além de Itapeva, os municípios de Angatuba, Apiaí, Arandu, Buri, Bom Sucesso de Itararé, Barra do Chapéu, Barão de Antonina, Campina do Monte Alegre, Capão Bonito, Coronel Macedo, Fartura, Guapiara, Iporanga, Itaí, Itaberá, Itararé, Itaoca, Itapirapuã Paulista, Itaporanga, Nova Campina, Paranapanema, Piraju, Ribeira, Riversul, Ribeirão Grande, Ribeirão Branco, Sarutaiá, Taquarituba, Tejupá, Taguaí e Taquarivaí.


Alckmin assina a criação da 16a RA
Fonte: http://blogs.estadao.com.br/pelo-interior/criada-a-16a-regiao-administrativa-em-itapeva/?doing_wp_cron=1391875231.4794719219207763671875
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Justiça italiana determina que Pizzolato seguirá preso em Modena

Ex-diretor do BB se apresentou à Justiça italiana nesta sexta-feira (7).
Prisão tem prazo indeterminado; Pizzolato pediu que não seja extraditado.


O ex-diretor de marketing do Banco do Brasil (BB) Henrique Pizzolato continuará preso em Modena, no norte da Itália, por prazo indeterminado, segundo decidiu a Justiça italiana em audiência nesta sexta-feira (7). De acordo com a juíza responsável pelo caso, o ex-diretor – preso na quarta-feira (5), em Maranello, e já condenado no processo do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) – permanecerá preso por haver "perigo de fuga". Pizzolato se apresentou à Corte de Apelações de Bolonha, onde foi feito seu reconhecimento oficial. Além disso, o mandado de prisão provisória internacional que já havia sido expedido foi validado, permitindo que ele permaneça detido.
Durante a audiência, Pizzolato disse que não quer ser extraditado para o Brasil.
"Pizzolato explicou ao juiz as razões pelas quais veio do Brasil", disse o advogado. "Segundo ele, o processo não está sendo levado de modo correto, e ele o considera um processo político. Considera que não cometeu os fatos que lhe foram atribuídos. Está muito sereno, tranquilo, e tem muita confiança na justiça italiana."
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Van que transportou Pizzolato para audiência em Bologna deixa Corte de Apelações nesta sexta-feira (7). Ele permanecerá preso em Modena (Foto: Paolo Tomassone/Especial para o G1)Van que transportou Pizzolato para audiência em Bolonha deixa Corte de Apelações nesta sexta-feira (7). Ex-diretor do Banco do Brasil permanecerá preso em Modena (Foto: Paolo Tomassone/Especial para o G1)
O advogado afirmou que não vai recorrer da decisão, mas está avaliando se pode levar à corte elementos novos para pedir ao juiz uma substituição da medida pela de prisão domiciliar.
De acordo com o advogado, Pizzolato está preso em uma cela comum na penitenciária Sant'Anna de Modena e divide o espaço com outros prisioneiros. O objetivo da defesa era fazer com que o ex-diretor do BB aguardasse o processo de extradição em prisão domiciliar.
O advogado Lorenzo Bergami, que defende Pizzolato na Itália, após a audiência (Foto: Paolo Tomassone/Especial para o G1)O advogado Lorenzo Bergami, que defende
Pizzolato na Itália, após a audiência em Bolonha
(Foto: Paolo Tomassone/Especial para o G1)
Bergami disse que a audiência foi realizada em um clima muito "cordial e positivo". Pizzolato falou em italiano e não quis ter um intérprete. Dentro do tribunal, o ex-diretor não estava algemado – no trajeto até a Corte, dentro de uma van da polícia, porém, ele estava com as mãos presas.
Após a audiência, Pizzolato foi levado de volta para Modena. A mulher dele, que esteve na Corte de Apelações nesta sexta-feira, não quis falar com os jornalistas presentes.
O processo de extradição dele, condenado a 12 anos e 7 meses de prisão no julgamento do mensalão, ainda será feito pelo Brasil. Depende de um pedido do STF e da análise do Ministério da Justiça, que formaliza a ação junto à Justiça italiana. Na noite de quinta-feira (6), o ministério fez um comunicado oficial ao presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, sobre a prisão de Pizzolato.
Pizzolato era o único foragido dos 25 condenados pelo STF no julgamento do mensalão. Ele foi considerado culpado pelos crimes de formação de quadrilha, peculato (crime cometido por um funcionário público ao se apropriar de dinheiro, valor ou outro bem que possui em função do cargo, ou ao desviá-lo em proveito próprio ou alheio) e lavagem de dinheiro.
Com ele, na Itália, foram encontrados diversos documentos falsos, incluindo um passaporte em nome do irmão mais velho, Celso Pizzolato, morto em 1978.
Documentos falsos
O ex-diretor do BB deverá responder por uso de documentos falsos na Itália, o que será avaliado pela justiça do país em um caso separado.
Mapa fuga Pizzolato (Foto: Arte/G1)
"Ele não foi preso por isso [uso de documentos falsos]. Será um procedimento diferente. Não é algo que no momento nos preocupa, até porque haverá tempo. A primeira audiência não ocorrerá antes de oito ou nove meses. Pizzolato não tem antecedentes criminais na Itália. Presumo que, em caso de condenação pelo uso de documentos falsos, ele ganhará liberdade condicional", afirmou o advogado.
A pena prevista para esse crime é de 6 meses a 3 anos de prisão. Entretanto, segundo Bergami, qualquer estimativa é "pura fantasia".
Família
Ao ser preso, Pizzolato estava com a mulher na casa de um sobrinho, em Maranello. Segundo o advogado, os dois estão bem e não tiveram nenhum problema.
"Ela é uma cidadã italiana [tem dupla cidadania] e está em casa." Bergami disse que nem a mulher nem o sobrinho de Pizzolato, um engenheiro que trabalha na fábrica da Ferrari em Maranello, vão falar sobre o caso.
O ex-diretor do BB e a mulher tinham consigo cerca de 14 mil euros (R$  45,5 mil) e uma grande quantidade de comida. A casa onde eles se abrigavam aparentava estar vazia, com as janelas fechadas.
Segundo a polícia local, que já monitorava Pizzolato, inicialmente ele negou ser quem era, mas depois confirmou a identidade ao perceber que havia sido reconhecido. O ex-diretor do BB foi levado para a prisão de Sant'Anna de Modena e, de acordo com a polícia, apresenta bom estado de saúde.

tópicos:
  • Henrique Pizzolato
  • Itália/http://g1.globo.com/politica/mensalao/noticia/2014/02/em-audiencia-pizzolato-diz-juiz-que-quer-permanecer-na-italia.html
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Campos diz que aguarda 'hora certa' para oficializar Marina como vice

Governador e ex-senadora se encontraram nesta sexta (7), no Recife.
Campos criticou Dilma sobre problema energético: 'tem que dar resposta'.


Eduardo Campos recebe visista da ex-senadora Marina Silva (Foto: Luna Markman/ G1)No Recife, Eduardo Campos recebe visita da ex-senadora
Marina Silva (Foto: Luna Markman/ G1)
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos disse, nesta sexta-feira (7), que aguarda apenas a "hora certa" para oficializar a ex-senadora Marina Silva como vice na chapa que a aliança PSB-Rede deve lançar na eleição presidencial deste ano. Campos, presidente nacional da legenda socialista, é cogitado para encabeçar a disputa.
Os dois estiveram juntos por quase três horas, na casa do governador, na Zona Norte do Recife, nesta tarde. A versão oficial é que Marina queria visitar a primeira-dama Renata Campos e conhecer o filho recém-nascido do casal, Miguel, aproveitando passagem na capital pernambucana onde fará, à noite, um palestra em um evento privado.
Ao fim da visita, o governador informou que somente após os encontros regionais -- que vão discutir as diretrizes de plano de governo da aliança, lançadas no último dia 4 -- é que a composição da chapa será tratada. "Falta chegar a hora exata de fazer [a oficialização de Marina a vice], cada coisa em seu tempo. Agora, os estados já começam a decidir as diretrizes para um debate consistente e vamos dar os passos seguintes de forma combinada. Até março, nós temos muito trabalho", comentou.

Durante a resposta, Marina até brincou, chamando os jornalistas de "povo avexado", usando corrente expressão nordestina para "apressado". O primeiro encontro regional será em Porto Alegre, no dia 22 de fevereiro; o do Sudeste, no Rio de Janeiro, em 15 de março; o do Nordeste, no Recife, em 5 de abril; o do Centro-Oeste, em Goiânia, em 12 de abril; e o do Norte, em Manaus, em 25 de abril.

Questionado sobre a eficácia das diretrizes do programa, Campos voltou a criticar a gestão da presidente Dilma Roussef. "Os problemas [do País] são maiores que as diretrizes, mas tenho certeza que esses problemas não se resolvem sem essas diretrizes. E os problemas todo dia têm se avolumado, está aí o problema da energia, que a gente já vem chamando a atenção que ele iria aparecer com força na cena brasileira. As diretrizes têm objetivo de apontar os caminhos para a solução dos problemas, a partir de um programa que vamos apresentar à sociedade. Agora quem governa hoje tem que dar resposta aos problemas", disse.

Rede na gaveta
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, na última quinta-feira (6), arquivar a solicitação de registro do partido Rede Sustentabilidade, da ex-senadora Marina Silva. Em outubro do ano passado, o plenário do TSE decidiu rejeitar o pedido de registro por falta de assinaturas de apoio necessárias, mas converteu o pedido de criação da legenda em "diligência", o que permitiria mais assinaturas fosse colhidas.

Marina disse que a Rede ainda vai definir uma posição sobre o arquivamento. "Vamos ter uma reunião da executiva para discutir isso. Estamos em fase de finalização da coleta das assinaturas e vamos decidir o momento oportuno e conveniente, do ponto de vista político, para entrar com o pedido do resgistro", disse
.
  • Eduardo Campos
  • Recife/http://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2014/02/campos-diz-que-aguarda-hora-certa-para-oficializar-marina-como-vice.html
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PGR sugere 22 anos de prisão para Azeredo no mensalão mineiro


Processo deve ser julgado no STF ainda no primeiro semestre deste ano.
Documento tem 84 páginas; para Janot, houve 'subversão' das eleições.

Mariana OliveiraDo G1, em Brasília
275 comentários
Eduardo Azeredo (PSDB-MG) (Foto: Brizza Cavalcante/Agência Câmara)O deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG)
(Foto: Brizza Cavalcante/Agência Câmara)
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal(STF) nesta sexta-feira (7) as alegações finais do processo do valerioduto tucano, também conhecido como mensalão mineiro. No documento, Janot sugere a condenação do deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG) a 22 anos de prisão pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro.
O documento tem 84 páginas e, segundo Janot, houve no caso "subversão" do sistema político-eleitoral.
O procurador também recomendou como punição ao parlamentar multa de 623 dias-multas de cinco salários mínimos cada dia - o valor é calculado com base no salário da época em que o crime foi cometido; em R$ 1998, era de R$ 130. A quantia estimada é de R$ 404.950 que passarão por correção monetária caso o STF atenda o pedido da Procuradoria.
O advogado José Gerardo Grossi, responsável pela defesa de Azeredo, afirmou que ainda não teve acesso ao documento e, portanto, não comentaria.
Em nota, a assessoria do deputado reiterou inocência. "O teor das alegações finais da Procuradoria Geral da República ainda é desconhecido. O deputado Eduardo Azeredo manifesta sua confiança no Supremo Tribunal Federal, que decidirá ouvindo também as alegações da defesa. Manifesta ainda total estranheza com a contradição entre o relatório da Procuradoria e as provas apresentadas ao processo. Azeredo reitera sua inocência com relação às acusações e espera que as questões sejam esclarecidas o quanto antes. Reforça que não houve mensalão, ou pagamento a parlamentares, em Minas Gerais e que as questões financeiras da campanha de 1998, alvo da ação penal que tramita no STF, não eram de sua responsabilidade. Reafirma ainda que a aquisição de cotas de patrocínio por estatais mineiras, também questionada, não é da alçada de um governador de Estado e não houve sua a determinação para que ocorresse."
O prazo para envio das alegações finais venceria no dia 17 de fevereiro. Neste documento, a PGR, responsável pela acusação, apresenta os argumentos finais, com suas conclusões a partir das principais provas colhidas no processo que sustentam sua tese.
Na ação, o deputado Eduardo Azeredo (PSDB) é acusado de peculato e lavagem de dinheiro por supostamente se associar ao grupo de Marcos Valério para o desvio de verbas e arrecadação ilegal de recursos para a campanha eleitoral do PSDB para o governo de Minas em 1998.
“Ao desviar recursos públicos, Eduardo Azeredo pretendeu, ao fim e ao cabo, praticar mais um episódio de subversão do sistema político-eleitoral, ferindo gravemente a paridade de armas no financiamento das despesas entre os candidatos, usando a máquina administrativa em seu favor de forma criminosa. [...] Os fatos não teriam como ser praticados na forma em que provados se não tivessem a participação essencial e decisiva, como verdadeiro coordenador e maestro, ditando as linhas de condutas, de Eduardo Azeredo”, diz Janot no documento enviado ao Supremo.
Para Janot, há provas para a condenação de Azeredo. Ele rebateu argumentos apresentados pela defesa no processo de que Azeredo estaria isento das ações financeiras de sua campanha. "Há nos autos conjunto probatório robusto que confirma a tese acusatória e afasta por completo a tese defensiva."
Semelhanças com mensalão do PT
No documento, Janot reforça a denúncia assinada em 2007 pelo então procurador Antonio Fernando Barros e Silva, que destacou que o mensalão mineiro foi "a origem e o laboratório dos fatos" do mensalão do PT.
Conforme a narrativa da Procuradoria, o esquema era parecido com o julgado pelo Supremo no mensalão do PT, mas em escala menor. No caso que envolveu a compra de apoio político no Congresso, os desvios de dinheiro público ultrapassaram R$ 150 milhões. Em Minas, a estimativa é de R$ 3,5 milhões desviados - R$ 9,3 milhões em valores atualizados.
Assim como no caso do PT, o operador do esquema em Minas também era Marcos Valério, segundo a Procuradoria. Ele atuava com a ajuda dos sócios Cristiano Paz e Ramon Hollerbach, todos condenados no mensalão do PT.
"A prática dos crimes descritos na denúncia só foi possível com a utilização do esquema criminoso montado por Marcos Valério Fernandes de Souza, mais tarde reproduzido, com algumas diferenças, no caso conhecimento como mensalão", afirmou o procurador Rodrigo Janot.
A denúncia do mensalão mineiro inicialmente envolvia 15 pessoas, mas somente as acusações contra Azeredo e o senador Clésio Andrade (PMDB-MG) serão julgadas pelo STF - Andrade é alvo de uma ação separada.
Os dois parlamentares têm direito a serem julgados diretamente pela Suprema Corte devido ao foro privilegiado. Os demais réus são processados na primeira instância, diferentemente do caso do mensalão do PT, em que o STF também julgou a situação de acusados sem foro privilegiado. No mensalão do PT, Marcos Valério foi condenado pelo Supremo a mais de 40 anos de prisão.
Dos 40 denunciados inicialmente no mensalão do PT, 37 foram julgados e 25 condenados. Deles, 19 estão presos, três cumprem pena alternativa e três aguardam em liberdade resultado de pedidos e recursos.
Como funcionava o esquema, segundo a PGR
Em Minas Gerais, segundo a PGR,  uma empresa de publicidade de Marcos Valério, a SMP&B, obteve empréstimos no Banco Rural e repassou para a campanha de Azeredo. Além disso, três estatais teriam repassado mais de R$ 4,5 milhões a Valério a título de pagamento para patrocínio de eventos esportivos. No entanto, o custo do serviço foi de R$ 98,9 mil, conforme a Procuradoria. O restante, diz o documento enviado ao Supremo, foi usado para a campanha de Azeredo.
"As verbas desse suposto patrocínio estatal, efetivamente, não foram aplicadas nos eventos esportivos, em razão de terem outro destino já previamente ajustado: após a devida lavagem seriam (e foram) utilizados na campanha de reeleição de Eduardo Azeredo", afirma o documento.
O esquema envolveu a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), a Companhia Mineradora de Minas Gerais (Comig) e o Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge).
Rodrigo Janot cita que uma das provas do processo é um recibo no valor de R$ 4,5 milhões, que teriam sido repassados ao então governador de Minas pela SMP&B. O procurador cita ainda que Azeredo foi avalista de um empréstimo obtido por Valério no Banco Rural e que entre julho de 2000 e maio de 2004 o tucano falou com Marcos Valério pelo telefone 57 vezes. "Esse número expressivo de ligações denota, a mais não poder, um relacionamento muito próximo entre o réu e Marcos Valério."
Próximos passos
Agora que o relator do caso, ministro Luís Roberto Barroso, recebeu as alegações finais de Janot, fará o mesmo pedido para os advogados do réu, que terá mais 15 dias para enviar a peça final da defesa ao Supremo.
Barroso passará, então, a elaborar o voto. O processo seguirá para o revisor, ministro Celso de Mello, que não tem prazo para a revisão.
Apesar disso, a expectativa no STF é de que o caso seja levado a julgamento ainda no primeiro semestre deste ano, depois do julgamento dos últimos recursos no processo do mensalão do PT, os chamados embargos infringentes.
tópicos:
  • Supremo Tribunal Federal/http://g1.globo.com/politica/noticia/2014/02/pgr-sugere-22-anos-de-prisao-para-azeredo-no-mensalao-mineiro.html
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Lula pede fim do ‘jogo rasteiro da calúnia’ na internet


LulaO ex-presidente Lula criticou o “jogo rasteiro da calúnia, do baixo nível” na internet. Em vídeo divulgado nesta quinta-feira (30) em seu perfil no Facebook (assista abaixo), o petista disse ainda que a rede pode ajudar a democracia.
“Quando você calunia, você não politiza, você não educa, não produz um fruto.” disse Lula durante o vídeo de quase sete minutos. “Eu acho que a internet é uma arvore que pode produzir frutos novos todo santo dia se a gente tiver, ao sentar na frente de um computador, interesse de que alguém aprenda algo mais”.
O ex-presidente defendeu ainda a liberdade na rede e disse ser contra qualquer veto ou censura, mas disse ser “favorável a responsabilizar as pessoas que usam a internet”. “Eu tenho liberdade de pegar uma estrada e fazer uma viagem com minha família, mas se eu for irresponsável, eu posso matar alguém ou posso morrer”, comparou.
Falando diretamente para seus seguidores no Facebook, Lula disse ainda que não é preciso ficar com raiva de ninguém em debates na internet. “quando alguém lhe criticar também, aceite. Isso faz parte da democracia”, disse.
Ele disse ainda que um dos objetivos do governo Dilma é levar a banda larga para todo o país. “Eu gostaria que vocês ajudassem a fazer isso. Ajudassem criticando, ajudassem apoiando. Ajudassem mostrando os defeitos que existem, onde não está acontecendo” disse ele, se dirigindo novamente a seus seguidores.
Confira o vídeo::::



PT
As declarações de Lula acontecem dois dias depois de uma reunião dos secretários de comunicação do PT que discutiram, entre outros temas, a atuação do partido nas redes sociais.
Na ocasião, o secretário nacional de Comunicação, o vereador José Américo (SP), revelou que o partido pretende fazer encontros com movimentos sociais para articular uma atuação na internet.
“Existe uma presença conservadora nas redes, de pessoas que defendem a volta da ditadura, o [deputado federal Jair] Bolsonaro”, disse. A ideia de Américo é organizar uma resposta progressista a esses pensamentos.
Fonte: http://www.autosurfhitz.com/surf.php
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